segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Amamos não as coisas, mas as palavras

        Amamos não as coisas, mas as palavras
        Estas que carregam do peso a incerteza
        Que fazem  toda a vida uma metáfora
        Diásporas carregadas nos tons de letras

        Arqueologia de essências em descobertas
        Que atenção do ourives, esculpe os versos
        Que o ar estaciona em sons diversos
        Quando a pena atingiu do sentido a fresta

        No instante da  página  existe a lágrima
        E o triste memoreio de  apenas lembranças
        Em meio a alguma linhas,  palavras...
        Que embaralham-se em meio a  tantas       
   
        Aprisionadas em seu cárcere, memória
        Sussuram os seus múltiplos significados
        Que bordam lentamente  os retratos
        Do passado que compõem mil histórias

        O que é capaz de mudar o tempo do homem ?
        Saber que amamos não as coisas, mas as palavras
       Que insistem em esconder-se atrás dos nomes...
       Máscaras de corpos que o sentido afaga...

Nenhum comentário:

Postar um comentário