Vem verso, ser mais uma palavra que compõe a história
A palavra que orna, com seus olhos que traz mais a vida
Lida, com os mistérios que a rotina esconde, e na hora
Que lhe for devida, soletre e cante a estrofe do amor vivida
Vem metáfora, no que se chama humano, personificada
Em poucos passos, lentos e estabanados, escrever a narrativa
E a cada dia, há de traçar os sons e transformá-los em palavras
E com cada palavra, saberá como transformar seus dias
Vem encanto, que o soneto vem cantando e que tardia
Há descobrir os cantos que esse mundo vasto esconde
Vem, safo, a correr pelas bordas de onde nasce o dia
Caio ao mundo para escrever nas bordas do sol, seu nome
E escrever com sentimentos as páginas do mundo e um dia
Aprenderá a lê-las, escondidas nas bordas do horizonte....
André Scucato
segunda-feira, 3 de janeiro de 2011
sexta-feira, 31 de dezembro de 2010
Farfalho que somos
Cristina Pinheiro no trabalho Campos de Fernando (montagem André Scucato) |
Esquedacilham quinares cautelosos de sonhos
Pomos fragata ânsia resgata fragâncias dasas
Solfejam sonetos sentidos de ares que somos
Seremos libertos dos sonhos para sonhar no ser
Não ser do sonho esfinge que a realidade nega
Escapar da realidade fornecidas em conservas
Embaladas do texto a tela a urbanidade a te ver
Arrancai da terra o fio da caixa que metáforas diz
torcidas em fatos, fotos, fluxus na falaciedade
Não assina ao asassinar e sim aciona a meretriz
Contrariando a lei, a lógica, a legível realidade
Tirésias somos e nos torce a angústica da safra
Rasa de consciência que na humanitude desperta
Depressa passa a tigela de vocábulos ao esteta
Poeta cure a dor que causa uma palavra cruzada
Sim em atas movimento as imagens dos sonhos
pintam e tecem a metáfora que somos, alhures
Em reino que da janela pode-se avistar abutres
A beleza encontro no farfalhar de que somos.
quinta-feira, 30 de dezembro de 2010
Baila Rima de Gestos
Para Cristina Pinheiro
O Mundo é um sépio mudo tom incolor
que a dança, gesta na sua rima de baile
Se soubesses a pintura que fazes...
No movimento de suas partituras de cor
Em cada canto de um preto-e-branco
Colore a Poesia que seus passos empresta
Em cada caligrafia que sua dança gesta
Nascem diversos Poemas-Crisântemos
Da lira que faz esquecer do tempo o poeta
Nestes variados tons dos desencontros
A caligrafia de tua rima baila no encanto
A residir na utopia sua esperança de espera
Na sapatilha que faz o mundo girar
desperta as musas de todas as notas
Vai baile, baila rima de teus gestos agora
que é hora de tons de lírios, sonhar....
O Mundo é um sépio mudo tom incolor
que a dança, gesta na sua rima de baile
Se soubesses a pintura que fazes...
No movimento de suas partituras de cor
Em cada canto de um preto-e-branco
Colore a Poesia que seus passos empresta
Em cada caligrafia que sua dança gesta
Nascem diversos Poemas-Crisântemos
Da lira que faz esquecer do tempo o poeta
Nestes variados tons dos desencontros
A caligrafia de tua rima baila no encanto
A residir na utopia sua esperança de espera
Na sapatilha que faz o mundo girar
desperta as musas de todas as notas
Vai baile, baila rima de teus gestos agora
que é hora de tons de lírios, sonhar....
terça-feira, 28 de dezembro de 2010
A dançarina de sonetos
Cristina Pinheiro Foto: André Scucato |
Um abandonado fraque ao sorrir sua beleza orquestrava poemas
E com soturno nanquim sobre escrivaninha suspirava a pena
A esculpir sonetos dançarinos fugidios da sombra tão calma
E seguindo passos sobre concreto amarelas flores vangoghiavam
A expressão impressionistas de seus movimentos de dançarinas
E os risos das expressões de sombra se descobriam nas retinas
Libertas nas sapatilhas que pelo assoalho as letras enviavam
No salão das apaixonadas estrofres percorriam-se todos os ritmos
E as metáforas todas, bailavam em valsas de sinestesias
As metáforas bailavam como frases no encontro de dois artistas
Ela, a encantar e a seduzir com seus movimentos o poeta
E o poeta a se encantar com os sonetos de dançarinas.
segunda-feira, 27 de dezembro de 2010
Amamos não as coisas, mas as palavras
Amamos não as coisas, mas as palavras
Estas que carregam do peso a incerteza
Que fazem toda a vida uma metáfora
Diásporas carregadas nos tons de letras
Arqueologia de essências em descobertas
Que atenção do ourives, esculpe os versos
Que o ar estaciona em sons diversos
Quando a pena atingiu do sentido a fresta
No instante da página existe a lágrima
E o triste memoreio de apenas lembranças
Em meio a alguma linhas, palavras...
Que embaralham-se em meio a tantas
Aprisionadas em seu cárcere, memória
Sussuram os seus múltiplos significados
Que bordam lentamente os retratos
Do passado que compõem mil histórias
O que é capaz de mudar o tempo do homem ?
Saber que amamos não as coisas, mas as palavras
Que insistem em esconder-se atrás dos nomes...
Máscaras de corpos que o sentido afaga...
Estas que carregam do peso a incerteza
Que fazem toda a vida uma metáfora
Diásporas carregadas nos tons de letras
Arqueologia de essências em descobertas
Que atenção do ourives, esculpe os versos
Que o ar estaciona em sons diversos
Quando a pena atingiu do sentido a fresta
No instante da página existe a lágrima
E o triste memoreio de apenas lembranças
Em meio a alguma linhas, palavras...
Que embaralham-se em meio a tantas
Aprisionadas em seu cárcere, memória
Sussuram os seus múltiplos significados
Que bordam lentamente os retratos
Do passado que compõem mil histórias
O que é capaz de mudar o tempo do homem ?
Saber que amamos não as coisas, mas as palavras
Que insistem em esconder-se atrás dos nomes...
Máscaras de corpos que o sentido afaga...
sexta-feira, 24 de dezembro de 2010
Elegia a Ausência
Foto do vídeo Elegia a Vida (André Scucato e Cristina Pinheiro) |
A metáfora do beijo presa ao silêncio do tempo
Retrato destilado e consumido das velhas horas
Senhoras que tecem areias escolhidas ao vento
E, com mãos de mar, vão e vem tecendo rosas
Pétalas de ausências esparsas na memória
Sempre que a essência do homem, esquecemos
Se extinto a vista mas bem visto ao peito
Guarda a rima rara que é esta lembrança
Tendo depois que finda a vida, o efeito
De discorrer em variados tons a esperança
Valsando ao som da música o antigo ritmo
Nos novos passos de dançar conforme a dança
Sê, a árdua vida se tornar quimeras
Empresta-me o papel, a tinta e a pena
Que as minhas únicas armas são estas
Escrever ao corpo o que o amor sustenta
Hei de acabar assim com o triste fardo
Ao dar sentido ao verso e ao poema
Não resgata o tempo o que a escrita rouba
E adorna em sua linhas metáforas extintas
Da tinta que compõe o verso que já foi embora
No traço riscado que ao lembrar, consista
Mostrando a forma que não mais se encontra
Mas não perdendo o motivo pelo qual exista.
André Scucato
quinta-feira, 23 de dezembro de 2010
Poemas que Chovem
Sou apaixonado por dias tristes. Eles me são. Os dias de sol possui a rotina do sol. Pontualmente burocrático. Não tira férias. Crê na utopia da justiça. As dias de chuva não.
São descompassadamente belas. As folhas, no outono, cobrem a seca cor da terra, como se pinta o chão no outono para receber o caimento das folhas.
Os dias de chuva, eles me são, um dilúvio de poemas embarcados em curvas de folhas d´águas que do céu despedançam-se ao solo.
Não há como resistir a música da chuva quanto toca o chão.
Nos dias que chovem as ruas de manhã vestem-se de noite e cores azuladas. Sobre o seu vestido de piche, tons fugidios das árvores deitam sua caligrafia de tinta. Ora adormecem, ora despertam,
Coreograficamente.
Quando chove, atamanham-se as poças de água onde embarcam metáforas em caravelas verdes, que ora adormecem, ora acordam, despertadas pelos ventos.
Quando acordo de mim nos dias de chuva, acapoto-me de pensamentos, inquietantes inquilinos que não saem para trabalhar nos dias de chuva e fazem farra no prédio de minha razão.
Os dias de chuva me são guarda-chuvas onde a natureza
liquida metáforas.
São descompassadamente belas. As folhas, no outono, cobrem a seca cor da terra, como se pinta o chão no outono para receber o caimento das folhas.
Os dias de chuva, eles me são, um dilúvio de poemas embarcados em curvas de folhas d´águas que do céu despedançam-se ao solo.
Não há como resistir a música da chuva quanto toca o chão.
Nos dias que chovem as ruas de manhã vestem-se de noite e cores azuladas. Sobre o seu vestido de piche, tons fugidios das árvores deitam sua caligrafia de tinta. Ora adormecem, ora despertam,
Coreograficamente.
Quando chove, atamanham-se as poças de água onde embarcam metáforas em caravelas verdes, que ora adormecem, ora acordam, despertadas pelos ventos.
Quando acordo de mim nos dias de chuva, acapoto-me de pensamentos, inquietantes inquilinos que não saem para trabalhar nos dias de chuva e fazem farra no prédio de minha razão.
Os dias de chuva me são guarda-chuvas onde a natureza
liquida metáforas.
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